Milhares de trabalhadores e trabalhadoras participaram dos atos de 1º de Maio, Dia Internacional do Trabalhador e da Trabalhadora, em Porto Alegre e em vários municípios do interior do Rio Grande do Sul. Houve protestos contra a reforma da Previdência e aprovação da greve geral marcada pela CUT e centrais sindicais para o dia 14 de junho.
Em Porto Alegre, foi realizado um ato unitário na Orla do Guaíba, onde as centrais denunciaram o descaso do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro com a classe trabalhadora e repudiaram a reforma da Previdência. O presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, colocou em votação a proposta das centrais de greve geral no dia 14 de junho, aprovada por consenso.
A coleta de assinaturas contra a reforma de Bolsonaro foi também destaque nas manifestações na capital e no interior gaúcho. “As entidades filiadas à CUT assumiram o desafio de coletar 300 mil assinaturas no Estado”, destacou Nespolo. “É uma forma concreta de cada pessoa se manifestar contra essa proposta que, se for aprovada no Congresso Nacional, deixará a população na pobreza e sem futuro.” As listas serão entregues ao presidente da Câmara dos Deputados, depois da greve geral.
Em Caxias do Sul, mais de 10 mil pessoas acompanharam o ato-show nos pavilhões da Festa da Uva. A atividade foi promovida pelos Movimentos Sindicais e dos Trabalhadores de Caxias do Sul, CUT e CTB, em conjunto com a Rádio Viva FM. Teve apresentações de grupos de música popular e tradicionalista.
Nos intervalos, representantes dos sindicados e centrais fizeram manifestações em favor da população e contra a reforma de Bolsonaro, que acaba com a aposentadoria. “Hoje é um dia de lembrar as mulheres e os homens, que com o seu trabalho batalharam pelas conquistas que temos hoje e que o atual governo quer extinguir”, disse a presidente do Sindiserv, Silvana Piroli.
Em Pelotas, centenas de manifestantes se reuniram no Altar da Pátria, na Praça Dom Antonio Zattera, no centro da cidade, para dizer não à reforma da Previdência e mobilizar a população para a greve geral. “O momento que estamos vivendo é muito duro. A reforma trabalhista retira não só os direitos trabalhistas, mas também civis, liquidando com conquistas históricas”, denunciou o diretor da CUT-RS, Elton Lima.
Em Santa Cruz do Sul, mais de 300 pessoas se concentraram na praça Getúlio Vargas, no centro da cidade, para comemorar o Dia do Trabalhador e lutar contra a reforma de Bolsonaro, que aumenta o tempo de contribuição e reduz o valor dos benefícios dos aposentados, dentre outros tantos retrocessos. A atividade foi promovida pelo Comitê contra o fim da Previdência Social do Vale do Rio Pardo.
Em Santa Maria teve romaria ecumênica e o lançamento de um Comitê Regional contra o fim da aposentadoria. Um ato no bairro Alto da Boa Vista repudiou a retirada de direitos anunciada pelo governo Bolsonaro.
Em Santa Rosa, dirigentes sindicais promoveram uma mateada em defesa da Previdência Social. Entre um chimarrão e outro, as lideranças esclareceram a população sobre o impacto negativo que o regime de capitalização, proposto na reforma de Bolsonaro, pode trazer tanto para que quem ainda está no mercado, quanto para os aposentados.
Em Ijuí, os sindicatos se reuniram, na Praça Central, onde foi realizado um ato unificado dos trabalhadores. Assim como nas demais cidades, as palavras de ordem contra o fim da aposentadoria e em defesa da Seguridade social deram o tom dos protestos.
No Rio Grande, dezenas de pessoas se concentraram no Monumento Angelina Gonçalves, na Avenida Presidente Vargas, de onde, juntos, se dirigiram ao bairro Rincão da Cebola, onde ocorreu o ato unitário das centrais sindicais. Católicos partiram também do Parque do Trabalhador até a Paróquia de São José do Operário, defendendo os direitos e os empregos.
Em Bagé, os dirigentes de vários sindicatos fizeram uma manifestação na Praça da Estação, onde denunciaram a reforma da Previdência e aprovaram a realização da greve geral.
Houve ainda manifestações em Erechim, Passo Fundo, Alegrete e Uruguaiana, dentre outras cidades.
Os trabalhadores voltarão às ruas no próximo dia 15 de maio, quando acontece a greve nacional da educação, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Fonte: CUT RS