Diante de um teatro Dante Barone lotado, o ex-candidato a presidente da República, Fernando Haddad, ao lado da ex-candidata a vice-presidenta, Manuela D’Ávila (PCdoB), da presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffman, e dos deputados das bancadas estadual e federal lançou, na noite desta sexta-feira (5) a Jornada Lula Livre no Rio Grande do Sul, com o tema “Em defesa da democracia e da aposentadoria”. A jornada estará neste sábado em Florianópolis (SC) e no domingo em Curitiba (PR), onde haverá um grande ato em frente à carceragem da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula está preso há um ano.
A proposta é lembrar que a liberdade de Lula representa a luta pelos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras e a garantia dos direitos que este governo quer retirar. A Jornada Lula Livre relembra ainda a Caravana Lula pela Região Sul, realizada no início de 2018, antes da sua prisão no dia 7 de abril. Entre os presentes que usaram a palavra para defender a liberdade do ex-presidente Lula, estavam os ex-governadores Tarso Genro e Olívio Dutra, ambos do PT, representantes de centrais sindicais e Berna Menezes, da Frente Povo Sem Medo e executiva nacional do PSOL.
O ato foi coordenado pela a ex-candidata ao Senado, Abigail Pereira (PCdoB) e pelo deputado Pepe Vargas, presidente estadual do PT. Manuela D’Ávila afirmou que a elite que ajudou a construir o “monstro psicopata que governa esse país” prendeu Lula porque sabia que mais uma vez ele seria eleito e mais uma vez seria reafirmado o projeto de construção de um país soberano e justo. A ex-candidata a vice sustentou ainda a necessidade da unidade das esquerdas na luta pela liberdade de Lula e contra a reforma da Previdência. “O sonho de um mundo mais igualitário e justo passa pelo grito de defesa da liberdade do nosso companheiro Lula. A nossa unidade é a chave da liberdade de Lula que é a defesa do nosso povo e do nosso país”.
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, argumentou que quem devia estar preso era o promotor Deltan Dallagnol e o ministro Sérgio Moro e não Lula. “Eles sim formaram uma quadrilha, uma organização criminosa para entregar o que era mais precioso ao desenvolvimento do Brasil”, disparou.
O desastroso governo de Bolsonaro pautou o discurso de Haddad. “Temos um presidente que perde um tempo precioso monitorando o que a gente fala dele nas redes sociais, que tem uma dificuldade com a cultura. A Universidade é um desafio para ele e ele não consegue entender que não há ditadura que sobreviva. Não consegue compreender que é da essência humana a busca pela liberdade, pela felicidade e pela luta democrática. O que menos ele faz é enfrentar os problemas, não consegue fazer um discurso com início, meio e fim. O que ele tem a dizer sobre trabalho e educação? Estamos esperando e ele não diz nada”, criticou.
Para Haddad, que ao lado de Lula lançou o maior plano educacional desse país, da educação infantil ao ensino médio, passando pela graduação e pós-graduação, afirmou que a perseguição a Lula aconteceu porque foi a única forma que a elite achou para tirá-lo da disputa. “Vocês acham que é fácil para eles suportarem que lula, único presidente que visitava universidades, que não tinha medo de enfrentar os problemas, que apresentava soluções e que transformou a realidade? Claro que não, eles não suportavam”. O ex-candidato a presidente ainda afirmou que o povo brasileiro precisa tomar as ruas para lutar contra as injustiças, contra a retirada de direitos e pela liberdade de Lula. “O Brasil é um país de injustiça. É muita injustiça para a gente ficar de braços cruzados. Não adianta ficar batendo continência para o Trump. Aqui tem gente de fibra, que ama esse país, que é patriota de verdade porque não é patriota quem entrega as riquezas do Brasil. Estamos aqui para gritar em defesa da soberania nacional e pela liberdade do presidente Lula e vamos gritar.”
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)