Pepe protocola a criação da galeria memória e democracia

Crédito William Schumacher

Emoção e reconhecimento marcaram a cerimônia que protocolou o projeto de resolução para a criação da galeria Memória e Democracia, nesta quarta-feira (03), na Assembleia Legislativa. O mesmo, de autoria do deputado Pepe Vargas, tem como objetivo dar visibilidade a importância do regime democrático, além de preservar a memória política do Rio Grande do Sul e de seus homens e mulheres públicos junto à sociedade.

Na oportunidade, estavam presentes políticos e lideranças políticas que viveram o período de ditadura, onde dezenas de parlamentares gaúchos foram cassados pelo Ato Institucional nº 01. O deputado destacou que “a galeria é uma forma de resgatar a história de trabalho na luta pela democracia de homens e mulheres que chegaram até a Assembleia de forma democrática e saíram através do golpe. Eles não concluíram seus mandatos, foram retirados sumariamente por um sistema que rasgou as leis e a constituição”.

Uma das homenageadas foi a ex-deputada Terezinha Irigaray, emocionada ela declarou; “Hoje lembro de uma jovem deputada de 29 anos que chegou aqui com a maior votação do estado, amparada pelo voto do povo e saiu humilhada, sem explicações. Hoje volto emocionada, figurando em uma galeria que muita me hora. Obrigado deputado Pepe Vargas, seu projeto, reconhece o valor daqueles que entraram aqui pelas mãos do povo, e saíram pelas truculência de um sistema perverso”. Terezinha foi eleita  em 1967 e cassada em 14 de março de 1969.

A sugestão é de que a galeria Memória e Democracia fique localizada no prédio principal do Palácio Farroupilha, devendo constar, no mínimo, de um painel evocando os valores da democracia, a nominata e fotografia dos deputados cassados bem como de suplentes parlamentares com suspensão de direitos políticos e outras referências históricas.

Crédito William Schumacher

Texto: Vânia Lain