sexta-feira, 22 novembro
Vanessa Vargas

Realizar grandes atos públicos envolvendo artistas gaúchos, movimentos sociais, sindicatos e a comunidade que precisa dos serviços públicos, mobilizar câmaras de vereadores, organizar pedágios informativos em semáforos e praças para dialogar com a população, realizar abaixo-assinados pedindo a realização do plebiscito para consultar a população sobre o futuro das estatais, anexar as mais de 200 moções de repúdio às privatizações já levantadas pelo Sindiágua/RS. Esses foram alguns dos encaminhamentos retirados na reunião do Fórum em Defesa do Serviço Público, realizado na manhã desta terça-feira (12), na sala Salzano Vieira da Cunha, na Assembleia Legislativa.

O encontro contou com representantes das centrais sindicais, sindicatos e trabalhadores da Sulgás, CEEE e Corsan, que chamaram a atenção para a necessidade de se manter as empresas estatais. “Vamos levantar essa bandeira em defesa do serviço público em todos os atos contra a Reforma da Previdência, pois este é um tema transversal que precisa ser ampliado”, defendeu, Ademir Wiederkehr , secretário de Comunicação da CUT-RS, que relançaram no final de janeiro a Frente em Defesa do Patrimônio Público. “Precisamos mostrar para a população que se perdermos as empresas públicas para a iniciativa privada, perdemos direitos e serviços de qualidade hoje asseguradas pelos servidores”, completou o segundo vice-presidente do Sindicato dos Mineiros de Candiota, Moisés Rodrigues de Rodrigues.

O deputado Jeferson Fernandes (PT) argumentou que a intenção manifestada pelo governador Eduardo Leite de vender as estatais representa um retrocesso e um risco de retirada do direito da população decidir sobre que tipo de serviço quer receber. “Não podemos arredar o pé e não abrir mão do direito da população decidir, pois sabemos que a venda das empresas pode agravar ainda mais a crise das finanças do Estado”, afirmou.

Jeferson lembrou ainda que, ao contrário do que tem pregado o governador Eduardo Leite, os valores oferecidos para a compra das empresas públicas são tão irrisórios que seriam “torrados em três ou quatro meses com a folha de pagamento”. Conforme o deputado, no ano passado, durante a campanha, o então candidato ao governo, Eduardo Leite, garantiu que respeitaria o resultado do plebiscito, mas agora está querendo que o Legislativo autorize a retirada da obrigatoriedade da sua realização. “Da mesma forma que deputados hoje na situação disseram que as empresas serem vendidas a um único grupo era um risco e hoje sabemos que seriam entregues a uma multinacional”.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9647)

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