O deputado Pepe Vargas (PT) utilizou o espaço da liderança durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (7) para chamar a atenção para os prejuízos que o decreto de contenção de gastos do Governo do Estado trará aos municípios gaúchos. O parlamentar citou dois exemplos de obras paradas em função da medida adotada pelo governo: a construção da alça de acesso na RS-122, na saída de Caxias do Sul para Flores da Cunha, e as obras de reforma do Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, também localizado em Caxias do Sul.
De acordo com o parlamentar, a obra no Cristóvão de Mendoza conta com recursos obtidos junto ao Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), mas o contrato está prestes a vencer e a licitação está suspensa devido ao decreto assinado pelo governador Eduardo Leite. O financiamento contratado junto ao Bird durante o governo Tarso Genro, teve continuidade no governo Sartori e há ainda saldo que poderia ser utilizado para a obra já licitada, contudo o uso ficou inviabilizado pelo decreto. “Os recursos do Bird têm prazo para serem executados e estariam quase esgotando. O risco é de perder-se o prazo e perder-se os recursos. Mais grave do que não ter a contrapartida para o financiamento é perder os recursos, perder o financiamento do banco mundial”, disparou, lembrando que para tentar ajudar, a comunidade escolar fará um mutirão no próximo sábado.
Outro tema trazido pelo deputado foi o fechamento da agência do Instituto de Previdência do Estado (IPE) de Caxias do Sul. A sala onde funcionava o posto, no centro da cidade, foi vendida e o novo local de atendimento ainda não foi definido pelo governo. “O fechamento está obrigando as pessoas a procurarem outros municípios para marcar exames e procurar atendimento médico”.
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9647)