quinta-feira, 21 novembro
Foto Ricardo Stuckert

O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (PT-RS), criticou nesta quarta-feira (30) o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, pelo “circo armado” para impedir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ir ao velório do irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, morto ontem e enterrado nesta quarta-feira em São Bernardo do Campo (SP). Pimenta disse, em sua conta no Twitter, que “a lei que vale para todos os brasileiros não vale para Lula, que se transformou não só num preso político, mas também em refém da Lava Jato”.

Lula não compactuou com a armação de Moro e decidiu não ir a São Bernardo do Campo para encontrar seus familiares. A permissão para que ele fosse encontrar os familiares, expedida pelo Supremo Tribunal Federal após o sepultamento de Vavá, trazia uma série de condicionamentos constrangedores.

A respeito disso, Pimenta afirmou que Lula “não tinha motivos para se encontrar às escondidas com a família como se isso fosse um favor do Ministério Público Federal e do Judiciário da turma da Lava Jato”. O líder petista fez duras críticas à juíza Carolina Lebbos. A magistrada, em vez de obedecer a lei e aceitar o pedido dos advogados de Lula para que fosse ao velório, resolveu fazer um jogo de empurra-empurra e consultar a Lava Jato.

“[Lebbos] Consultou procuradores e determinou consultas à Polícia Federal, que é subordinada a Moro, o juiz parcial que condenou Lula sem provas, apenas por atos de ofício indeterminados”, lembrou Pimenta.

Mais de 175 mil saídas

O parlamentar observou ainda que a imprensa divulgou que, só em 2015, conforme o Departamento Penitenciário Nacional, órgão submetido à pasta do ministro Sergio Moro, 175.325 detentos deixaram suas celas para sepultar parentes. “O significado disso é muito grave para o Brasil e para o mundo. E temos que mandar um recado para o presidente Lula: ele está aqui conosco”, afirmou o líder durante o velório de Vavá.

Para Pimenta, Lula é “refém de uma lógica perversa”, que tenta intimidar o povo brasileiro a não lutar pela defesa de seus direitos, pela soberania nacional e tampouco pela democracia. Ele ressaltou que o ex-presidente tinha o direito legal de participar do velório do irmão. “Estamos vivendo uma situação inaceitável. Ninguém pediu favor, é direito estabelecido em lei”.

Fonte: PT na Câmara

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