sábado, 23 novembro

Na tarde da quarta-feira (22), o Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) foi homenageado no período de Grande Expediente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A proposição foi uma homenagem da deputada estadual Miriam Marroni (PT) à instituição que completou 40 anos em 2018.

Criado pela Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) em 1978, o CAPA surgiu em movimento contrário à política nacional que financiava e incentivava o uso de adubos químicos e agrotóxicos.  A Igreja Luterana percebeu que os pequenos agricultores não tinham capital e estavam distantes dos principais centros de comercialização. Assim, apostou alto em um serviço de resistência ao veneno, valorizando a pequena propriedade produtora de alimentos.

Após quatro décadas, o CAPA cresceu e atualmente atende a 87 municípios, sendo organizado em cinco núcleos (dois no Paraná e três no Rio Grande do Sul): Rondon, Verê, Pelotas, Santa Cruz, Erechim. No núcleo Pelotas, o CAPA atende 16 cidades.

“Trata-se de um trabalho de saúde alimentar. Enquanto no final da década de 70 o agronegócio se expandia movido pelo uso de agrotóxicos, o CAPA remou contra a maré e viabilizou que pequenos agricultores produzissem e comercializassem alimentos saudáveis. Além de visão, a IECLB deu uma demonstração de humanidade ao investir no CAPA”, destacou a proponente da homenagem, deputada estadual Miriam Marroni.

Em seus 40 anos, o CAPA segue escrevendo sua trajetória de serviços a assentados, quilombolas, indígenas e pescadores profissionais artesanais, organizados em grupos, associações comunitárias e cooperativas.  “Com base nos princípios da agroecologia e da cooperação e através de formação e capacitação, o CAPA busca um espaço de vida saudável e de realização econômica para todas e todos” concluiu a Coordenadora do Núcleo Pelotas, Rita Surita.

 

Texto: Gabriel Ribeiro (MTE 12545)

Compartilhe