terça-feira, 22 abril

 

Às vésperas de se completar um ano da maior tragédia climática da história recente do Rio Grande do Sul, o governo do Estado segue sem apresentar os projetos necessários para a execução de obras de contenção às cheias na Região Metropolitana de Porto Alegre. A denúncia foi feita pelo deputado estadual Adão Pretto Filho (PT) recentemente na tribuna da Assembleia Legislativa, quando cobrou ações imediatas do Executivo estadual.

“Estamos prestes a completar um ano da enchente e até o momento, o governo do Estado ainda não apresentou os projetos para execução das obras, mesmo com o dinheiro em conta. As pessoas seguem assustadas, com medo, e se a enchente se repetisse hoje, as cidades seriam atingidas novamente. Isso é inaceitável”, criticou o parlamentar.

Em dezembro de 2024, o presidente Lula assinou uma medida provisória em que repassou ao governo estadual R$ 6,5 bilhões para obras estruturais como macrodrenagem, construção de diques, revitalização urbana, sistemas interligados de contenção e modernização das casas de bombas nos municípios mais vulneráveis às enchentes. A lista inclui cidades duramente afetadas pela tragédia, como Alvorada, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Eldorado do Sul, Esteio, Gravataí, Igrejinha, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Rolante, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Três Coroas, Viamão e municípios da Bacia do Caí.

No entanto, nenhuma dessas obras pode sair do papel sem os projetos técnicos, que até agora não foram entregues pelo governo Eduardo Leite. Para Adão Pretto Filho, a omissão revela não apenas incompetência, mas também desrespeito com a população gaúcha. “O governador Eduardo Leite reclama, é ingrato com o governo Lula, que disponibilizou os recursos, mas na hora de trabalhar e elaborar os projetos, nada avança. O dinheiro está parado, enquanto as comunidades vivem com medo e em áreas de risco”, declarou o deputado.

Texto: Guilherme Zanini

Foto:  Kelly Demo Christi/Banco de Dados

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