sexta-feira, 11 abril

As dificuldades enfrentadas pela população para acessar serviços de atendimento hospitalar vêm se repetindo nos últimos anos no Rio Grande do Sul. Durante sessão plenária desta quarta-feira (9/04), o deputado Halley Lino afirmou que o descumprimento sistemático do Governo do Estado da obrigação constitucional de aplicar o percentual mínimo de 12% da arrecadação no custeio das ações e serviços de saúde reflete na falta de profissionais e na desassistência na Capital e em municípios da Região Metropolitana.

Em reunião com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em Brasília, na terça-feira (8/04), o deputado afirmou que prefeitos, deputados e lideranças de diversas regiões do RS pediram recursos ao Governo Federal. Para Halley Lino, as prefeituras “vivem hoje o verdadeiro caos da Saúde” em Porto Alegre e na Região Metropolitana. “O caos está ligado diretamente com a política do governador Eduardo Leite. Não há como negar isso. O governador Eduardo Leite, que não aplica os 12 % da saúde, que faz o chamado programa Assistir, que na verdade é o ‘Desassistir’, retira recursos da Região Metropolitana”, ironiza.

O deputado afirma que as demandas dos prefeitos, que deveriam ser encaminhadas ao governo do Estado, acabam sendo atendidas pelo Governo Federal. “O ministro Padilha respondeu favoravelmente que vai auxiliar o Rio Grande do Sul, assim como vai auxiliar a região Sul também. Ele abriu o canal direto para solucionar o problema da saúde eu fiquei pensando: se fossem outros tempos, em outro governo, nós talvez não tivéssemos a resposta que tivemos de um homem comprometido com a saúde, comprometido com o Sistema Único de Saúde”, destaca.

Conforme Halley Lino, o governo do Estado contabiliza gastos com o IPE e inativos como operações em saúde. o que daria um rombo de R$ 1,3 bilhão. “Independentemente disto, o ministro Alexandre Padilha manifestou que vai tapar o rombo que o Eduardo Leite deixa na Saúde”, afirma.

Região Sul
Os investimentos na Região Sul do Estado, especialmente no que se refere à Santa Casa do Rio Grande, também foram tratados durante encontro com o ministro. O parlamentar afirma que a situação econômica da instituição faz com que ela agonize, mas garante o aumento do limite financeiro para custear serviços de saúde de média e alta complexidade — chamado de Teto Mac — pode assegurar R$ 1,2 milhão por ano. “É algo fundamental, que o ministro ainda não confirmou, mas manifestou interesse e a possibilidade concreta de realizar essa ampliação para a Santa Casa do Rio Grande”, disse.

Texto: Felipe Samuel 
Foto: Kelly Demo Christ

Compartilhe