sexta-feira, 22 novembro

A presidenta da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputada Laura Sito (PT), visitou, nesta semana, a retomada Guarani Mbyá Nhe`engatu, em Viamão para conversar com as lideranças da comunidade sobre as demandas da comunidade. O nome da retomada, como explicou Eloir Werá Xondaro, homenageia o seu avô Turíbio, que faleceu recentemente aos 101 anos, sem ter conseguido realizar o sonho de conquistar a demarcação de terras para o tronco Mbyá Guarani de sua família.

Além de reivindicar a demarcação do território, a comunidade tem enfrentado dificuldades com acesso à água e alimentação, moradia e educação, por isso, pedem apoio para a efetivação da retomada, necessária para a qualidade de vida da comunidade, da preservação da cultura e da saúde das dezenas de famílias que chegaram no local em janeiro deste ano. Durante a visita, a deputada estadual Laura Sito reafirmou o compromisso com a defesa dos direitos dos povos indígenas por meio de um trabalho que vem desenvolvendo com diferentes instituições do Rio Grande do Sul.

A deputada Laura Sito destacou que “há um conjunto de retomadas no RS que reafirmam a luta do povo indígena pelo direito ao território, à preservação da cultura, e também denunciando a ausência do poder público ao longo dos últimos anos”. Ainda, a parlamentar relembrou que “a agenda das comunidades indígenas é uma agenda de afirmação da agenda ambiental, da luta por uma condição de dignidade e preservação da cultura. E nós precisamos estar juntos, ajudando a conectar essa demanda ao Executivo estadual e também federal, para que nós possamos garantir o direito ao território e garantir vida digna para as comunidades indígenas do nosso Estado”, afirmou durante o encontro.

Para isso, no dia 27 de março, a reunião ordinária da CCDH deverá tratar da situação dessa e de outras retomadas no estado e da articulação com Ministério dos Povos Indígenas, Conselho Estadual dos Povos Indígenas, Ministério Público e Defensoria Pública do Estado. “Nosso objetivo é articular uma força-tarefa a partir de um conjunto de instituições que possam atuar na garantia dos direitos dessas comunidades, e isso inclui o debate sobre a alimentação, o acesso à água, a saúde e a educação”, destacou a deputada.

Foto: João Conceição

Texto: Manu Mantovani

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