O impacto das mudanças climáticas na saúde da população foi um dos temas da reunião da Organização Mundial de Saúde (OMS), da qual o deputado Pepe Vargas (PT) participou durante a COP 28 na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Mundialmente, considerando apenas alguns indicadores de saúde, a OMS prevê um aumento de 250 mil mortes por ano nas próximas décadas devido às mudanças climáticas. “Cada vez mais pessoas estão sendo afetadas por desastres, doenças sensíveis ao clima e outras condições de saúde. A mudança climática ameaça à saúde e cria novos desafios de saúde pública”, constata o deputado.
O planeta tem registrado temperaturas médias mais altas a cada ano, com 2023 prestes a ser o ano mais quente já registrado. Incêndios florestais tornaram o ar perigoso em algumas regiões, enquanto em outras, as inundações ameaçam, regularmente, contaminar a água potável. Diante disso, ministros da saúde, meio ambiente e finanças, na segunda-feira (04) fizeram anúncios para estabelecer um roteiro de ações sobre como lidar com o impacto das mudanças climáticas na saúde humana.
A mudança climática está contribuindo diretamente para emergências humanitárias causadas por ondas de calor, incêndios florestais, inundações, tempestades tropicais e furacões. Esses choques climáticos e similares estão aumentando em escala, frequência e intensidade. Mais de 3 bilhões de pessoas já vivem em áreas altamente suscetíveis às mudanças climáticas, conforme a agência de saúde da ONU. Entre 2030 e 2050, espera-se que a mudança climática cause dezenas de milhares de mortes adicionais por ano – apenas por subnutrição, malária, diarreia e estresse térmico. “Esse debate vai tomar corpo, pois as mudanças acabam levando a doenças endêmicas, como a dengue, a chicungunha, a febre-amarela e doenças respiratórias devido as elevadas temperaturas e ao aumento de gases de efeito estufa”, destaca Pepe Vargas.
Texto: Silvana Gonçalves (MTB 9163)