Nesta sexta-feira, 25 de agosto, a deputada Laura Sito recebeu John Shipton, pai do jornalista e ativista australiano Julian Assange. O encontro, que aconteceu na sala da presidência da ALRS, teve como objetivo divulgar o documentário “Ithaka – A Luta de Assange”, que conta sobre o trabalho de Shipton na tentativa de libertar seu filho, que está preso na Inglaterra desde 2019, após ficar sete anos asilado na Embaixada do Equador.
Alvo de 18 acusações pelas autoridades dos Estados Unidos, Julian Assange é fundador do WikiLeaks, um site que se define como uma “organização de mídia sem fins lucrativos”, que está no ar desde 2006, com o propósito de disseminar documentos confidenciais, como imagens e outros materiais envolvendo governos e grandes empresas, a fim de que instituições tenham uma postura de transparência total, devido ao seu poder e tamanho.
Durante a conversa com John Shipton, Laura Sito apontou que as últimas eleições no Brasil mostraram um aumento na presença de jovens, negros e indígenas, fortalecendo a vitalidade do país na política brasileira e na compreensão do risco que a democracia estava. Na oportunidade, a parlamentar contou ao pai de Assange que é formada em jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mesmo lugar onde aconteceu a exibição do documentário, na noite de quinta-feira, 24 de agosto. Ainda, afirmou que o trabalho desenvolvido pelo WikiLeaks fez parte de grandes debates em sala de aula e que permitiu uma materialização do entendimento dos processos de mobilização em defesa da democracia e das liberdades individuais no Brasil e no mundo.
John agradeceu a recepção calorosa que o país têm feito a ele nos últimos dias. Sobre a educação brasileira, ele constatou que “todos os pais sonham com a educação dos seus filhos e que eles (australianos) têm que aprender com o Brasil, com o presidente Lula”, disse ao pensar no futuro e ao relembrar que, em 1975, estudantes tinham estudo gratuito e foi retirado pelo governo da Austrália.
A deputada estadual agradeceu a visita e questionou como o Brasil poderia fortalecer a luta pela liberdade de Assange e como contribuir na pauta dos direitos humanos. John Shipton respondeu que “a declaração dos direitos humanos foi um grande avanço para a humanidade. Mas, há muita preocupação com o direito ao conhecimento. Hoje, qualquer ação sobre o conhecimento e liberdade de acesso à informação é o que irá ajudar nesta causa”, afirmou. Ainda, citou o acesso à universidade como um auxílio para as populações entenderem que a genialidade das nações emana dos povos. O pai de Assange segue para o Rio de Janeiro com a divulgação do documentário e deverá passar também por São Paulo.
Texto/Foto: Thanise Melo