Zé Nunes avalia suspensão do FAF, e acredita que com isso, o setor da proteína animal terá mais fôlego

 

Desde que foi instituído o Fator de Ajuste de Fruição (FAF) em 2021, o deputado estadual Zé Nunes (PT), tem solicitado sua retirada. “O anúncio feito pelo governo do Estado, nesta quinta-feira (27), de suspensão do FAF, trará mais fôlego ao setor”, avalia. A medida tem efeito retroativo com vigência a partir de 1º de julho.

Segundo o parlamentar, a crise da proteína animal gaúcha (leite, aves e suíno) está diretamente ligada ao FAF. “Trata-se de uma cadeia que foi construída por décadas, com o trabalho de muitas cooperativas, e fez do Rio Grande do Sul, referência para todo país, hoje esteja à beira da inviabilidade”, declara.

Zé Nunes explica que as cooperativas estão quebrando devido a uma conjuntura estrutural e conjuntural, que leva a um quadro de muita preocupação. “A dificuldade do acesso ao milho, a distância do centro consumidor, que coloca o RS em dificuldade, o custo dos insumos, e a renda baixa do povo para assimilar o aumento dos preços e custos são as principais dificuldades”, explica.

Ele recorda que a situação estava se agravando, justamente, pelas políticas do governo do Estado, que com o FAF, aumentava a carga tributária. “O governo Leite não estava se importando com o assunto., e parecia não enxergar o óbvio”, critica.

 

DIÁLOGO

Depois de várias tentativas, em abril Zé Nunes esteve ao lado de representantes desta cadeia, em reunião com o governador Eduardo Leite. “Por nossa solicitação, realizamos reunião para apresentar oficialmente os pontos de estrangulamento que têm feito com que cooperativas passem por dificuldades, as agroindústrias sejam fechadas e as linhas de produção diminuídas. Sugerimos medidas de curto prazo, envolvendo a questão tributária, incentivo à produção de grãos, tributos do frete, do milho, e o FAF – diminuição dos créditos presumidos”, lembra.

O parlamentar seguirá trabalhando para que haja também uma política federal e atenção a este setor, especialmente na economia e a baixa da taxa de juros.

 

Texto: Marcela Santos (MTE 11679)