Sofia denuncia a extinção da Educação Infantil no Instituto de Educação

O Comitê Pró IE Púbico e a Frente Parlamentar em defesa do IE, presidida pela deputada estadual Sofia Cavedon, presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, denunciaram em audiência na quarta-feira (12) ao conselheiro Roberto Loureiro, do Tribunal de Contas do Estado, que a parte destinada para a Educação Infantil no Instituto de Educação General Flores da Cunha é o local que o governo Eduardo Leite quer impor o Museu do Futuro. A informação é da deputada Sofia que também nesta semana visitou o último anexo do Instituto, o Colégio Professora Dinah Néri Pereira, em Porto Alegre.

Conforme Sofia, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) extingue a Educação Infantil no prédio da Osvaldo Aranha e ainda reduz de 27 para 17 salas de aula destinadas à educação, para colocar o Museu de Educação para o Amanhã. A deputada questiona se a Secretária Raquel Teixeira visitou o colégio Dinah para verificar as suas condições. “Hoje a escola tem 243 alunos e pela proposta da Seduc passará para 434, mesmo com espaços restritos, sem acessibilidade, quando chove não tem recreio, pois o pátio coberto é pequeno, não tem segurança e uma única entrada e saída”, salienta a parlamentar.
Sofia e o Movimento defendem a volta do Dinah para o prédio da Osvaldo Aranha junto com toda a escola destacando que a Educação Infantil é prática do Curso Normal. Ela ressalta ainda que na proposta a Seduc reduz de quatro turmas para uma na Educação Infantil e no Fundamental reduz de duas para uma turma. “O prédio restaurado do IE tem 27 salas de aulas, mais laboratórios, sendo que o da Educação Infantil são cinco salas que proporcionam cinco turmas de turno integral ou 10 turmas de meio turno, além de contar com lactário e refeitório, e a Seduc prevê somente uma turma de Educação Infantil, e no Dinah”, frisa a deputada lembrando que somente na instalação do Centro em Referência em Educação, em parceria com a empresa privada Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IBG), o Governo do Estado gastará mais de 21.482.410,74 milhões, somente para formular as diretrizes de gestão.

Texto: Marta Resing – (MTE 5405)

Foto: Guadalupe Lima