Queda do PIB Gaúcho: Governo Leite segue sem estratégia de desenvolvimento 

 

São quase 1600 dias de Governo Leite e até agora o Rio Grande do Sul não conhece um plano de desenvolvimento e fortalecimento da economia do executivo estadual. Não é por acaso que o PIB Gaúcho no primeiro mandato do atual governador fechou em queda de 1,6% no acumulado dos quatro anos. No mesmo período, o Brasil cresceu 6,1%. Apenas o governo Britto teve um resultado pior.

Na história recente do Rio Grande do Sul, em apenas dois mandatos o estado cresceu mais que a média nacional: Governos Olívio Dutra e Tarso Genro. Entre 1999 e 2002 (Governo Olívio), o país cresceu 9,6%, enquanto o RS cresceu 9,8%. Já entre 2011 e 2014 (Governo Tarso), o crescimento do RS foi de 10,8%, enquanto o Brasil cresceu 9,7%.

Nesta semana, a Assembleia Legislativa aprovou as indicações do Governo para as direções do Badesul e do BRDE. O deputado Pepe Vargas (PT) ressaltou que todos os indicados cumpriam os requisitos para as funções. Porém, segundo o parlamentar, o problema é a ausência de uma estratégia por parte do Governo. “Precisamos que essas instituições cumpram um papel mais ativo no desenvolvimento do estado, mas é preciso que o Governo sinalize qual a estratégia de desenvolvimento”.

Pepe Vargas reconheceu que as estiagens prejudicaram o desempenho da nossa economia. No entanto, o mesmo problema foi registrado nos governos anteriores, inclusive no Governo Tarso, período em que o Rio Grande do Sul mais cresceu. “Leite tem dupla responsabilidade, seja por não ter ações relevantes para mitigar os efeitos das estiagens seja por não ter uma visão estratégica para o apoio às forças produtivas gaúchas. O Governo Leite, a exemplo do Governo Sartori, não tem projeto para dinamizar a economia e fomentar os setores produtivos”.

No Governo Olívio, o RS implantou um pioneiro programa de incentivo ao desenvolvimento regional, estimulando as potencialidades da diversificada economia gaúcha, com foco na geração de empregos. No Governo Tarso, o destaque foi a Política Industrial, que alinhava a setores tradicionais da economia do RS às novas oportunidades apresentadas por setores inovadores. Para enfrentar os efeitos da estiagem, foram criados os programas Irrigando a Agricultura Familiar e o Mais Água Mais Renda, que fizeram o estado dobrar a área de lavouras irrigadas. Ambos os programas foram abandonados pelos governos Sartori e Leite.