As péssimas condições das estradas gaúchas foram o tema da intervenção feita pelo deputado estadual Pepe Vargas (PT) na tarde desta quinta-feira (7) durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa. Pepe citou como exemplo de degradação da malha viária, os trechos da ERS-122, entre Caxias e Farroupilha e entre Farroupilha e São Vendelino, onde inúmeros acidentes com vítimas e danos materiais têm sido registrados em função dos buracos.
Pepe observou que o novo diretor-geral do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (DAER), Sívori Sarti da Silva, afirmou em entrevista que precisará “criatividade para melhorar as condições das estradas, porque, se ficar dependendo de dinheiro do Estado, vai ficar como está. “Ora, os serviços estão paralisados desde outubro do ano passado, porque o DAER não está recebendo recursos da Secretaria da Fazenda para pagamento de dívidas com a fornecedora”, observou.
O deputado sugeriu que o Estado amplie a área de atuação da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) para otimizar o serviço de manutenção das estradas. “Dizem que uma concessão seria inviável técnica e economicamente, então deem mais concessões para a EGR, que é uma companhia pública e que pode investir todo o lucro para a manutenção, pois não precisa destinar lucros aos acionistas como as concessionárias privadas. Com certeza teríamos aquela rodovia tão bem cuidada quanto as que estão sobre a gestão da EGR”, afirmou, citando como exemplo as rodovias entre Novo Hamburgo, Campo Bom e Sapiranga e entre Portão e São Vendelino, ambos sob os cuidados da EGR. “A realidade é que está acontecendo no mundo inteiro um processo de reestatização. Somente na Alemanha e na França mais de 500 serviços foram reestatizados porque as tarifas cobradas pelas empresas privadas ficaram muito caras e os investidores privados não investem os lucros onde deveriam.”
Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)