quarta-feira, 20 novembro

A vitória contundente do Presidente Nicolás Maduro no dia 20 de maio inaugura o novo ciclo da rebeldia popular dos povos. Por isso está sendo atacada. Não procurem outras explicações falsas baseadas em supostas “fraudes”, “crises humanitárias” e “ditaduras”. Não é estranho que estas acusações sejam invocadas pelos mesmos que promoveram e avalizaram ditaduras sanguinárias no mundo inteiro e que têm gerado com suas invasões, não só verdadeiras crises humanitárias, senão as provas mais assustadoras do caos e do horror que é capaz de produzir a barbárie imperialista do século XXI?

A Revolução Bolivariana não está sendo questionada em função de seus defeitos. Querem destruí-la por suas virtudes e a principal delas é que tem se tornado no ponto de partida desde o qual a humanidade reclama sua dignidade. Venezuela com esta vitória se coloca uma vez mais na vanguarda para impulsionar as mudanças urgentes que demandam os povos. Sua revolução humanista e libertária, baseada no amor, faz soprar os ventos do otimismo e da esperança que ao se colocar em contato com as velas dos povos os impulsiona a navegar com critérios soberanos próprios no caminho da sua libertação. Em política, o importante é aquilo que não se vê e o que pudesse por ventura ser visto e que sirva de alento para que os povos se animem a lutar, a mídia se encarregará sistematicamente de ocultar ou de distorcer. Os revolucionários nunca podem esquecer isto, sobretudo quando parece que está tudo muito difícil ou quando possa parecer que estamos sendo derrotados.

Em meio a todas as dificuldades, hoje temos a nosso favor um mundo que tem mudado na direção das forças humanistas da história, embora muitos pareçam não ter reparado. No Vaticano sopram ventos de justiça como reivindicava o cristianismo originário. Como explicar isso se historicamente tinha sido uma base do conservadorismo e da reação? As Filipinas que tinham estado durante várias décadas sob o controle dos EUA, de repente, sem que tenha acontecido aparentemente nada, encontra-se com seu novo Presidente Rodrigo Duterte pedindo que as tropas dos EUA saiam de seu território. Algo semelhante e ainda mais surpreendente está acontecendo na Turquia, um país membro da OTAN, que inclusive vinha esperando seu ingresso na União Europeia. Contra todos os prognósticos deu um giro de 180 graus, deixando de responder aos interesses de Washington. O que aconteceu? Mistérios da história …

Em fins de maio no Zimbábue, por motivo do Fórum “Tendências no uso de reservas soberanas” que reúne representantes dos bancos centrais de 14 países da África, se concluía que já era hora de que o yuan se tornasse na moeda de reserva da região em lugar do dólar.

Definitivamente o mundo mudou.

No Peru existia até poucos dias atrás um Presidente chamado Pedro Pablo Kusinski, que tinha se tornado o principal porta-voz dos países latinoamericanos que atacam a Venezuela. Acabou sendo destituído por corrupção do mesmo modo como aconteceu recentemente com Mariano Rajoy, na Espanha, que tinha por costume lançar venenos contra a Venezuela todas as semanas. Não acreditem em superstições, mas o Comandante Chávez tinha uma máxima segundo a qual “quem se mete com a Venezuela fica seco”. Parece que é verdade.

A presença pela primeira vez na história recente das eleições colombianas de um candidato das forças progressistas e de esquerda com possibilidades de ganhar, revela a presença da Revolução Bolivariana. Será por isso que o Presidente de saída Juan Manuel Santos apressou a perigosa proposta de tornar a Colômbia integrante da OTAN? Na Nicarágua, assim como na Venezuela, grupos de encapuzados têm queimado prédios públicos e unidades de transporte, gerando a morte de várias pessoas, em razão dos protestos desencadeados depois de uma proposta do governo que buscava unicamente obter mais recursos de trabalhadores e empresários para cobrir os gastos das aposentadorias. Como se explica racionalmente que esta proposta tenha desencadeado este nível de violência e destruição? Evidentemente estamos frente ao mesmo plano desestabilizador que se vem implementando em todos os países que começam ou ameaçam escapar ao controle de Washington.O que fará Donald Trump com o México agora que a vitória de Manuel López Obrador parece inevitável? A Revolução chegou na sua fronteira.

Na Argentina, o mesmo povo que tinha sido manipulado contra a Presidenta Cristina para que não apoiasse seu candidato nas eleições passadas, fez já sua própria experiência com o neoliberal Macri cujas promessas de estabilidade, crescimento e melhoria da qualidade de vida se comprovaram pura demagogia. As mobilizações contra seu rechaçado e desmoralizado governo não param. Ninguém tem dúvidas que nas próximas eleições o candidato do neoliberalismo, seja quem for, será derrotado. No nosso irmão e gigante Brasil a resistência pela liberação do companheiro Lula segue na ordem do dia. A premeditação e evidente má fé de sua detenção sem provas está próxima do escândalo. Ele vem sendo proibido a cada instante das mais elementares garantias constitucionais, sem que a imprensa mundial diga nada. Coisa estranha porque eles sempre estão muito dispostos a denunciar supostas violações dos direitos humanos quando são governos populares que estão à frente. É por isso que todas as pesquisas revelam que a maioria do povo está hoje com Lula. Está faltando apenas que esse povo saia às ruas e que as forças comprometidas com a independência e a soberania nacional decidam se querem ser uma Pátria Soberana ou uma colônia. Por isso o imoral e golpista Michel Temer arremete contra a Venezuela. Quer evitar que povo brasileiro saia decidido a defender Lula porque é quem representa sua própria dignidade e soberania como seres humanos.

A recente derrota na OEA somente demonstra como dissemos no começo, que o novo ciclo de rebeldia popular dos povos se inicia. O Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeu, depois de exercer fortes pressões contra vários governos latinoamericanos, vinha declarando com ufanismo que eles tinham os votos suficientes para supostamente aprovar uma resolução que condenaria a Venezuela. Foram “misteriosamente” derrotados. A soberba supremacista e imperial não lhes permite compreender que entre a doutrina Monroe da “América para os americanos” e a doutrina bolivariana da unidade latinoamericana, nossos povos terminaram escolhendo pela unidade da Pátria Grande.

Que ninguém duvide e que ninguém se engane. Com a vitória de Nicolás Maduro começa, como dissera Eric Hobsbawm, a nova “era das revoluções” dos povos.

Unidos Somos Pátria Grande!

Venceremos!

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